domingo, 22 de junho de 2014

Mood: de férias.


Como é grandiosa a sensação de estar de férias e de dever cumprido. 
Acabo o meu 1º ano de licenciatura com a consciência de que poderia ter feito muito melhor a nível académico, mas que não poderia me ter divertido mais do que me diverti.
 Foi um ano em cheio. 
E nada melhor para recuperar dum ano em cheio que voltar onde tudo começou - a minha casa.

Lisboa pode esperar por mim. 

sexta-feira, 30 de maio de 2014

soul you had to find your way


Respirar

Era o que mais queria fazer. 

A doença da ingenuidade

O que faz com que uma pessoa seja doente?
A sua condição debilitada?
A sua fraca saúde? 
O seu desequilíbrio mental e emocional?

Começo a acreditar que uma pessoa doente não é nada dessas coisas. Estar doente é, mas ser doente não.
Um ser doente é aquele que tem falta de esperança no mundo, nas pessoas, nos seus sonhos, no que o rodeia. 
Os primeiros sintomas são: tristeza, apatia, desconfiança, desconforto em público, falta de excitação e tantos outros similares.
O que provoca esta doença é, normalmente, um desgosto abismal, que deita abaixo completamente a pessoa. Quando tudo o que ela acreditava cai por terra. Os conceitos de amor, amizade, compaixão, caridade, fé, comunhão desvanecem. Todos.

Mas será que há cura? 
Talvez. Se perdoar o que o magoou ou se se perdoar a ele próprio por ter acreditado. 

O problema do ser doente é que não se consegue curar sozinho. Mas só sozinho é que se pode curar. 
Os outros podem tentar ajudá-lo, mas isso só vai provocar-lhe mais dor. 

O ser doente fica mais doente ainda quando se depara com esta impossibilidade de voltar  a ser o que era. Sente saudade. Quer ser feliz. Sentir-se livre de despreocupações.
Quer voltar a ganhar o controlo da sua vida, sentir-se o seu centro do mundo, importante e especial. 
Quer acreditar piamente que nem toda a gente o vai fazer sofrer e por querer acreditar tanto não acredita nada. 

O ser doente é o ser ingénuo.
E não quer parar de o ser. 
Se não o for, já não é ele mesmo.
E o que há pior na vida, do que sermos alguém que não nós mesmos? 



quinta-feira, 29 de maio de 2014

I Pensamentos: A essência das coisas

     Todos os seres vivos ou inanimados, objectos, humanos, animais, demonstrações de arte, enfim... todas as pequeninas coisas que preenchem o nosso universo nutrem algo que as transcende, uma essência. E é isso que me fascina. O facto de tudo o que me rodeia ser algo mais, único e especial. Todos os momentos, todas as fracções de segundo e fragmentos visuais são, essencialmente, imagens de essências. Para mim isso quer dizer que tudo tem valor, tudo deve ser apreciado e aproveitado para me fazer feliz e dá significado ao resto.


sábado, 26 de abril de 2014

Declaração de amor


Amo-te porque és tu e tu és único para mim.
Amo-te porque existes e estás sempre presente aqui <3. 
Amo-te por tantas razões sem fim.
Amo-te e amo tudo sobre ti, mesmo que duvides que sim.

Amo o teu cabelo desajeitado, a tua voz quando sussurrante, o teu riso brincalhão, a tua pele suave, o teu cheiro estonteante, o teu olhar doce e divertido, o teu andar tímido mas assertivo. Amo quando me apertas contra ti, quando dizes que me amas, quando me dás a mão, quando me chamas. Amo-te mais ainda quando te zangas, quando estás longe, quando choras, quando me desejas.

Amo-te em todos os momentos e não conseguiria viver sem ti.
Amo-te tanto e vou continuar a amar-te nesta nossa estrada sem fim. 

Thought of the day.

Exigimos muito dos outros sem darmos o máximo de nós próprios. 

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Algo que quero mudar

Começar é fácil. Assumir compromissos e responsabilidades também. Dizer que sim ainda mais. Apaixonarmos-nos nem se fala. Procurar experiências e inscrevermos-mos em mil e uma coisas é igualmente simples. Sonhar? Sonhar sonhamos todos, mesmo não pedindo e sem querermos.

Mas e o restante?
A continuação de tudo isto?

É a vida. 
E muitos não tem coragem ou o que é necessário para assumidamente vivê-la.
Pois tudo o resto é difícil, requer trabalho, paciência, minúcia, entrega e dedicação. 

Faltam-me forças, por vezes, para continuar as coisas. 


Uma canção partilhada nunca mais é a mesma

   Assim como o pássaro canta para atrair a fêmea predileta, os seres humanos usam a música para se unirem mutuamente. Ela faz parte dos momentos de partilha mais íntimos de um casal, de todas aventuras vividas em conjunto, desde a construção da mera amizade, até à consolidação da relação amorosa.
       As batidas que estão presentes nas saídas à noite, nos jantares românticos, nos passeios  e momentos divertidos com os amigos fazem parte da história das duas pessoas que se amam. Depois, quando estas já se conhecem o suficiente e partilham os seus gostos, começam a ouvir a mesma música,  a dar a conhecer um ao outro aquela e outra canção, e essas canções fazem lembrar tudo aquilo que passaram juntos e dos mais fortes sentimentos que nutrem.
       Quando o casal se separa por um curto período de tempo, sente saudade. E a saudade desperta o melhor  e o pior. Ambos começam a ouvir desesperadamente as músicas que os fazem aproximar-se mentalmente do amado, a criar playlists de consolo e a ouvir desalmadamente música romântica e triste. Mas é essa vontade de fazer presente o outro que expressa o amor que sentem. 
       Porém , quando o casal se separa definitivamente: as canções que eram suas nunca mais voltam a ser as mesmas. Transportam consigo toda a dor da separação, todos os bons e maus momentos, todas as gargalhadas, todas as lágrimas,  assim como todos os sonhos e projecções para o futuro. É, simplesmente, algo inabalável, no entanto, viciante, por esse amor ter existido um dia, continuam a ouvir aquelas mesmas músicas, porque não são só um conjunto de sons e vozes que despertam emoções do passado, são emoções que se desejam no presente e para sempre. 

       A canção partilhada nunca mais é a mesma que antes de se conhecerem e depois de se separarem. Vai ser sempre a canção de um história de amor. 

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

O Amor é Muito Difícil, José Luís Peixoto


Penso que o amor é muito difícil. Existem muitos obstáculos a que possa ser o absoluto que é. A palavra amor é uma palavra muito gasta, muito usada, e muitas vezes mal usada, e eu quando falo de amor faço-o no sentido absoluto... há uma série de outros sentimentos aos quais também se chama amor e que não o são. No amor é preciso que duas pessoas sejam uma e isso não é fácil de encontrar. E, uma vez encontrado, não é fácil de fazer permanecer. 

José Luís Peixoto, in 'Notícias Magazine (2003)'

"A corda ainda prende o pé mas eu já fugi daqui tantas vezes"

O ser humano tem os pés atados. A corda tem o comprimento de um metro e quando é dado um passo, segue-se imediatamente outro. É assim que eu vejo o passado, o presente e o futuro: uma caminhada longa e injusta em que cada passo determina o seguinte. Voltar atrás com os pés atados é um grande risco e, às vezes, impossível. 


sábado, 25 de janeiro de 2014

Crio sonhos como quem cria saliva.

Os sonhos na minha mente reproduzem-se tão rapidamente que dou por mim num embrenhado tão grande onde não consigo distinguir o que é o sonho, quais são os meus sonhos e qual é a realidade pura.

Tenho sonhos para o futuro e deposito sonhos em tudo o se encontra no meu presente. No final, tudo o que se apresenta à minha frente é uma grande ilusão.
Conecto-me com alguém e está tudo estragado. Ou costumava ser assim…

Conheci alguém que, pela primeira vez, trouxe algo verdadeiro e autêntico para a minha vida. Somos diferentes, pensamos de maneira diferente, mas divertimos-nos tanto, mas tanto e somos tão unos. Definitivamente,  ele não é uma ilusão. E se é um sonho, que se prolongue, por favor, por tempo indefinido. 

A razão

Um professor – atentem que não é um professor qualquer, mas aquele que me ensinou o que é literatura portuguesa - uma vez revelou algo que nenhum de nós na turma tinha antes cogitado:  que nenhum poeta é feliz. Isto porque nenhum feliz escreve.
Não há nada para escrever quando se está feliz. Efectivamente, os felizes passam o tempo a desfrutar da felicidade e não a perder tempo a transcrevê-la. Só os descontentes se aventuram no mundo da escrita, partilham sentimentos, histórias, desventuras.


É por isso que não tenho escrito… Tenho andado ocupada a ser aquilo que gosto mais: Félix.