Um professor – atentem que não é um professor qualquer, mas
aquele que me ensinou o que é literatura portuguesa - uma vez revelou algo que nenhum
de nós na turma tinha antes cogitado: que
nenhum poeta é feliz. Isto porque nenhum feliz escreve.
Não há nada para escrever quando se está feliz. Efectivamente,
os felizes passam o tempo a desfrutar da felicidade e não a perder tempo a
transcrevê-la. Só os descontentes se aventuram no mundo da escrita, partilham
sentimentos, histórias, desventuras.
É por isso que não tenho escrito… Tenho andado ocupada a ser
aquilo que gosto mais: Félix.
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