Um blog, um diário, um bloco de notas com rabiscos, são
formas de me livrar do fardo que carrego em mim. Este fardo de que falo é
incrivelmente pesado, ferindo-me o corpo e corroendo-me a alma. Sinto dor, mas
não fujo dela. Continuo a avançar dolorosamente por aquele caminho que já de
cor conheço mas de que não consigo afastar-me. Estas feridas são atenuadas pela
farsa que é a minha pessoa. Riu-me, riu-me muito, canto, canto alto, não paro e
espero que ninguém perceba o quão perturbada é a minha mente.
Escrevo agora porque me sinto perdida. Este caminho chegou
ao fim. Mas julgo que exista uma saída. Ainda não sei qual é, há que procurá-la
bem, com a ajuda daquelas pedrinhas preciosas que fui colocando ao longo do
caminho, que são os meus amigos.
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